Síndrome do Burnout
Síndrome do Burnout: como
identificar e tratar
Conheça
sobre o transtorno que atinge milhões de brasileiros
Como você
tem se sentido hoje? Sente uma sensação de esgotamento físico e emocional,
dores de cabeça, ansiedade e tem dificuldade em concentrar? Esses sintomas
podem estar relacionados ao transtorno conhecido como Síndrome do Burnout ou do
esgotamento profissional.
Esse
distúrbio psíquico é conhecido pela medicina do trabalho desde 1974 e tem se
popularizado cada vez mais. No Brasil, o Ministério da Saúde só reconheceu
síndrome como uma patologia ligada ao trabalho em 1999.
O excesso
de trabalho ou o medo de perder o emprego fazem com que mais e mais pessoas
sejam diagnosticadas com o transtorno. Segundo levantamentos da Associação
Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), a doença já afeta 30% dos mais de 100
milhões de trabalhadores. Esse é um dado alarmante e que deve ser observado.
Além disso, é possível que tenhamos um índice muito maior, já que a doença
continua sendo pouco diagnosticada.
No país,
cresce a cada ano o número de profissionais que se queixam dos sintomas
descritos aqui e de outros que vamos conhecer ao longo desse artigo.
Característica da
Síndrome do Burnout
Identificar
a Síndrome do Burnout não é muito fácil, mas especialistas podem fazer o
diagnóstico após conhecer a realidade profissional do paciente e por meio de
exames clínicos.
Geralmente,
um profissional com o distúrbio psíquico apresenta como principais
características: estado de tensão emocional e estresse crônicos. Esses
atributos são provocados por condições de trabalho desgastantes, que mexem não
só com a parte física, mas no emocional e no psicológico de qualquer pessoa,
independentemente do setor que atua.
Segundo
especialistas, a síndrome está relacionada mais a profissões que exigem
envolvimento interpessoal direto e intenso. Por isso, médicos, enfermeiros,
professores, assistentes sociais, bombeiros e mulheres que enfrentam dupla
jornada estão entre os profissionais com maior tendência a desenvolverem o
transtorno.
Sintomas da Síndrome
do Burnout
Um
profissional com Síndrome do Burnout pode apresentar diferentes sintomas. A
lista é enorme e em alguns casos, a pessoa diagnosticada tem mais de dois. Isso
dificulta na identificação da doença, confundindo os médicos que não estão habituados
à doença.
Para que
você fique atento, vamos listar aqui os sintomas mais conhecidos do distúrbio
que mais têm afastado trabalhadores de seus empregos. Conheça:
·
Ausência
constante no trabalho;
·
Agressividade
com pessoas próximas;
·
Isolamento
social;
·
Mudanças
de humor;
·
Irritabilidade;
·
Dificuldade
de se concentrar;
·
Apresenta
lapsos de memória;
·
Ansiedade
e depressão;
·
Torna-se
pessimista;
·
Apresenta
Baixa autoestima.
Ficar
atento a esses sintomas e procurar tratamento especializado é muito importante
para conseguir se recuperar.
De acordo
com médicos, alguns profissionais podem apresentar também: Dor de cabeça,
enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares,
insônia, crises de asma e distúrbios gastrintestinais.
Profissionais de
saúde e Síndrome do Burnout
Médicos,
enfermeiros, assistentes sociais e outros profissionais ligados à área da saúde
estão entre aqueles com riscos de desenvolverem a doença. A pressão psicológica
e física desses trabalhadores é um dos fatores para o transtorno.
Durante a
pandemia da Covid-19, muitos profissionais da saúde, principalmente os que
ficaram na linha de frente, foram diagnosticados com a síndrome do Burnout.
Alguns estão afastados de suas funções até hoje.
Dados da
PEBMED (Portal de saúde) de 2020, revelam que 78% dos profissionais de saúde
apresentaram algum tipo de sintoma da Síndrome de Burnout durante o primeiro
ano da pandemia. Médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem foram os mais
afetados, principalmente os que atendiam nas Unidades de Tratamento Intensivo
(UTI).
Tudo isso
se deve ao trabalho intenso de plantões e do estado emocional de lidar com uma
doença desconhecida. Na época, os tratamentos oferecidos não eram tão eficazes
e muitos pacientes morreram em consequência do coronavírus.
O vírus
também atingiu muitos desses profissionais, sendo que alguns foram levados a
óbito. Com tanto estresse, não foi difícil encontrar médicos e outros
profissionais da saúde sendo afastados por esgotamento físico e emocional.
A
ansiedade e a depressão foram fatores predominantes no período pandêmico.
Entretanto, a síndrome sempre afeta pessoas que se dedicam a alguma função
relacionada à saúde. Independentemente de pandemia, esses profissionais são os
mais atingidos pela Síndrome do Burnout.
Como tratar o
esgotamento crônico?
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) define a Síndrome do Burnout como um
esgotamento físico e mental crônico por meses contínuos. Além disso, o paciente
sofre com a doença, assim como que está próximo a ele.
As empresas
podem evitar a doença, priorizando um ambiente de trabalho favorável à saúde
mental e que traga bem-estar ao funcionário.
Basicamente,
a psicoterapia é o tratamento mais indicado para as pessoas diagnosticadas com
o transtorno psíquico relacionado ao trabalho. Entretanto, em alguns casos pode
ser necessário a utilização de medicamentos, como antidepressivos ou
ansiolíticos.
Além
disso, atividades físicas regular, mudanças no estilo de vida e no trabalho
também podem ajudar na recuperação do paciente. Os médicos também recomendam
atividades de lazer.
Seguir o
tratamento de forma adequada é muito importante para não agravar o quadro da
doença.